O laser do desejo, agora com Fotona

Médicos brasileiros começam a usar aparelho que promete melhorar a libido feminina.

Uma nova estratégia para aumentar o desejo feminino começa a ser usada no Brasil. Trata-se do laser Fotona. Aparelho também conhecido por seu uso na estética contra as marcas do envelhecimento. “Por se tratar de método pouco invasivo e virtualmente desprovido de efeitos adversos, contribui no arsenal disponível na área da ginecologia”, afirma o ginecologista Eduardo Tomioka, de São Paulo. A falta de libido é uma das principais queixas femininas em relação a vida sexual. De acordo com estudo da Universidade de São Paulo, uma em cada quatro brasileiras afirma que seu desejo não é tão forte quanto gostaria ou relata dificuldades para chegar ao orgasmo.

O Fotona integra a categoria dos lasers não ablativos. Ou seja, não queimam. Os médicos que o utilizam afirmam que ele melhora a libido por um mecanismo indireto. Sua aplicação trataria, na verdade, a atrofia da parede vaginal – problema apresentado especialmente por mulheres na pós-menopausa. A condição causa dor durante a relação sexual, fator que pode levar à redução do desejo.

Aplicado dentro da mucosa vaginal por meio de uma ponteira específica, o Fotona, segundo os especialistas, promove o intumescimento do tecido da região com aumento da vascularização. “Com isso, há maior produção de colágeno”, explica o ginecologista José Bento, de São Paulo. O colágeno é a proteína que dá sustentação à pele. O processo resultaria em alguns benefícios. “O estreitamento vaginal obtido pela produção de colágeno é capaz de permitir um contato mais íntimo durante a relação sexual e, por consequência, uma melhora tátil”, diz o ginecologista Tomioka. Além disso, os médicos garantem ocorrer um aumento na lubrificação, outro fator que facilita o sexo. As aplicações são feitas em consultório. Em geral, são necessárias de uma a três sessões, dependendo das condições da paciente.

Além da atrofia vaginal, o Fotona está sendo usado no tratamento do ressecamento vaginal e da incontinência urinária, condições que costumam aparecer com maior frequência após a menopausa. Na opinião dos especialistas, uma de suas vantagens reside no fato de ser uma opção pouca invasiva, permitindo que a mulher retorne às suas atividades em seguida à aplicação.

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